08 fevereiro 2015

Sentidos - Capituo V





 Capitulo V      

  A causa por traz de tudo isso




     - Eu te odeio. De odeio de verdade .... Ran. – a garota de olhos lilás jogava as palavras em cima da pequena rosa. Sua raiva era visível. Raiva .... Inveja talvez. Sempre teve o que queria e antes que aquela rosinha chegasse estava prestes a conseguir o que mais queria. Shindou Takuto. O garoto mais atrativo da escola. Bonito, forte, inteligente, tudo que ela mais gostava. Teria ele se ela não tivesse chegado. Todos os olhos se voltaram para a rosa, até os escarlates que ela queria que fossem só dela.
      A rosa a olhava indiferente, seu sangue fervia. Se fosse fazer o que tinha vindo, teria que fazer logo, antes que o moreno chegasse. Respirou fundo e foi empurrando a rosa até perto de uma escada, no pátio da escola. Quando em fim a adversária estava a beira da escada, sorriu maliciosamente e a empurrou. Ficou o bastante para vê-la rolar degraus a baixo e parar logo em baixo com os joelhos sangrando. Sorriu.
     - Espero que suma da minha frente. Não apareça nunca mais. Posso fazer muito mais do que te derrubar dessa escada. – soltou alto o suficiente para a rosa caída ouvisse e saiu.
   - Eu avisei não foi? Minha querida .... Ran. – sussurrou ao ver a carteira vazia da rosa.
    
        A verdade era que ela já estava pensando nisso a anos. Seu ódio pela rosa era tanto que nem o tempo pode amenizar.
       A algum tempo vem planejando um jeito de afastar a rosa do ´´seu`` moreno. Então o encontrou. Estava entrando no corredor dos armário, cedo de mais. Havia se adiantando muito, foi quando o viu. O rapaz de uns 15 anos estava escondido entre os pilares do corredor olhando para a entrada da escola. Diga-se de passagem que ele era bem bonito. Seus cabelos negros e lisos, pele branca e olhos aparentemente castanhos. Decidiu observar. Ficou ali até lê-lo levar um susto. Se despertou também e pois se a procurar o que ele olhava, mas não conseguiu adivinhar qual das garotas ele olhava. Depois de escrever algo em um cartão andou até um dos armário, colocou-o lá e saiu. A garota então conferiu. Era o armário da rosa. Então era um admirado? Seria interessante.
     Foi quando teve a Idea. Passou a checar se ele fazia a mesma coisa todos os dias. Bingo. Ficou o observando durante alguns meses e então decidiu colocar em pratica seu plano. Conversou com ele, queria que ele desse um susto na rosa por ela. Inventou uma historia que nem ela mesma acreditaria, mas deu certo. No dia que estava programado, ele chamaria a rosa para se conhecerem e então sumiria com ela por algum tempo.
      Quando voltaram para a sala e a rosa não estava, soube que ele tinha a pegado, mas ficou calada, mas tarde quando saísse da aula iria o encontrar em algum lugar.


       O sinal batei, ela saiu o mais normal possível. Percebeu que o professor parou ´´seu`` para lhe perguntar algo, com certeza seria sobre Ran. Riu. Enquanto saia, ligou para o rapaz e disse que o queria encontrar, queria ver como ela estava .... talvez sangrando .... Ah! Isso seria colírio para seus olhos. Chegou no lugar. Um galpão abandonado. Dois garotos estavam na porta. A deixaram entrar. O lugar era imundo, tinha um cheiro impertinente, o que fez que ela levasse sua mão ao nariz, com o intuito de amenizar o odor. Estava escuro mas pode ver logo a frente uma porta entre aberta com luz. Ao se aproximar passou a ouvir sons estranhos. Os rapazes ao seu lado riram baixo.
     Aquilo...... aquilo .... não podia ser. Lembrava-se muito bem que havia combinado.

   - E quando pegar ela o que é pra fazer? – perguntou o moreno, olhando nos olhos lilás brilhantes pela fato de poder se vingar.
   - Faça o que quiser. – soltou, se virando e saindo da sala.

      Hesitou de frente a porta. Os gemidos estavam baixos e abafados agora, ouvia uma voz masculina dizendo coisas desconexas. Tremeu. Antes que pudesse tocar na porta ela se abriu. O rapaz de antes apareceu semi-nu, se assustou. Seus olhos se encontraram, os castanhos dele, estavam cheios de luxuria. Desviou os olhos e os tombou sobre a imagem logo atrás.
      - Kami-Sama! – sussurrou espantada.



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    Os olhos escarlates desceram sobre o relógio e constataram 20:00pm. Já estava noite e nada de noticias da rosa. Bufou alto, puxou o celular que estava ao seu lado todo o tempo, o desbloqueou e nada. Nenhuma chamada. Estava prestes a sair procurando ela, mas como Katriny havia dito, se ela chegasse, ele teria que estar pó perto para conversar com ela. Suspirou. Assustou-se quando sentiu o celular tocar, nem pensou direito e atendeu.
     - Ran? – falou preocupado. – A onde você está?
     - Não sou a Ran. – falou uma voz que ele reconheceu.
     - Akane? – disse confuso. – O que você quer?
     - Eu ..... eu ...
     - O que foi?
     - Eu sei onde ... onde a Ran está.
     - O que?  - gritou. – Como .... deixa pra lá. Onde ela está?
     - Está no galpão perto do porto. .... Shin!
     - O que é? – respondeu agitado. Já estava de pé saindo do quarto.
        - Me desculpe.
        - Desculpar o que? – perguntou mas não teve resposta, a garota já havia desligado. Colocou o celular no bolso da calça jeans que usava e desceu a escadaria principal. – Preciso de um motorista, agora! – gritou no meio da escada. A ação foi rápida em menos de 3 minutos o motorista já havia chegado e já estavam a caminho do galpão. – Mas rápido. – soltou para o motorista. Quando chegaram o moreno saiu em disparada para a entrada do galpão, entrou correndo, tudo estava escuro, mas viu uma luz logo ao fundo, andou até lá e abriu a porta.
       - Ran!! – gritou, fazendo com que o garoto que estava junto a ela se virasse. Antes que pudesse fazer algo, o moreno o acertou em cheio com um soco no rosto. O rapaz caiu gemendo enquanto outro 2 viam pra cima dele. Acertou um soco em um, deu chute na barriga do outro, enquanto estavam caídos gemendo se aproximou da rosa. A desamarrou da cadeira, a cobriu com sua blusa. Não ousou olhá-la diretamente. A pegou no colo e saiu em direção ao carro. O motorista quando o avistou, pareceu chocado, abriu a porta para que entrassem e saíram.
        - Siga para o pronto socorro mais perto Robert. – o moreno falou ainda com a rosa em seu colo.
        - Não. – gritou a rosa assustada. – Não. Por favor. Me leve pra casa. Quero ir pra casa. Por favor. – sussurrou para o moreno.
        - Mas Ran ...
        - Por favor. – pediu o olhando. Seus olhos estavam lacrimejando, sujos de lagrimas secas.
        - Então passara essa noite na minha casa. – disse enxugando algumas lagrimas que caiam. Ela não disse nada, apenas se aconchegou no peito do moreno. – Tudo bem Ran. Estou aqui agora. – fala acariciando os cabelos dela.
            O carro se dirigia de volta a mansão Shindou. Os olhos do moreno estavam sobre os fios rosas, mas sua mente estava longe. Quem poderia ter feito isso com a seus Ran? Ah! Quando descobrir quem eram aqueles rapazes no galpão. Estão sentenciados a morte. Nada pode apagar o que fizeram a ela.


















  Continua .....

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