23 dezembro 2013

Trancado a 7 Chaves - 2 Temporada

Capítulo 11 







      -Não! Quer dizer ... não agora. Primeiro quero mostrar ao Shin para ele ver se estão boas, depois mostro a senhora. –sorriu fraco. –Oh! É ele. Ele chegou. – Soltou indo em direção a porta. –Tchau mãe. – disse indo.
      -E-espere ... – queria poder comandar seus movimentos. Queria correr até o carro e contar tudo para ele, mas sua consciência a prendia. O que seria de seu pai se ela contasse a Shindou a verdade? Talvez começariam a namorar novamente e apareceriam em jornais, TV, revistas ´´ O solteiro mais rico e cobiçado, agora namorando.`` Seriam manchetes em poucos dias, se não em horas.
       A gangue que até então estava conformada com a situação ao vê-la viva, viria para concretizar as ameaças antigas. Não só ela, mas Skarleth e Shindou estariam em perigo. Não podia permitir isso, mesmo que para isso tivesse de ser infeliz ao lado de um homem que não amava.
      Parou.

                    ´´-E eu me importo?``

      Claro que corria riscos. Voltou a si, não poderia deixar essa chance. Andou meia tremula até a cômoda onde tinha as chaves do carro. As pegou, abriu a porta e seguiu para onde estava o carro. Não voltaria atrás agora. Mas onde ele morava? Parou.
     ´´Droga.``
     
       Como poderia ir sem saber onde ele morava? Ouviu o som do seu celular, era uma mensagem com um numero desconhecido. Pegou o celular e abriu a mensagem.
       ´´ Rua: Baker Street  n – 109
                                Mansão Shindou Takuto``

        Era o endereço da mansão do moreno. Ligou o carro novamente e saiu em direção ao endereço. Não fazia a mínima ideia de quem a enviou, mas o agradecia.
        Estava chegando, já havia avistado a mansão Shindou.



        O moreno observou a menina com uma bolsa no colo, parecia seria.
       -O que tem na bolsa, Skarleth? – ele perguntou se sentando no sofá.
       - Quero te mostrar uma coisa. – soltou colocando a bolsa sobre a mesinha de centro da sala.
        - Que coisa?
       Pressentia que era algo muito importante. A menina abriu a bolsa e de lá começou a retirar alguns papeis.
        - É umas coisas que achei em casa. – disse arrumando os papeis na mesa. – Você disse que era da Raimon não? – mostrou uma das fotos onde o moreno estava com vários outros com um uniforme escolar.
        - O-onde encontrou isso? – ele disse surpreso olhando a foto. Os únicos que tinham aquelas fotos eram ....
       - E tem mais. Minha mãe é essa aqui. – disse apontado para a figura rósea ao lado do moreno.
       -Su-sua .... mãe? Não. Essa é a ... – parou. Claro. Como nunca havia percebido?
      -Como não é Shindou? As fotos estavam com a minha mae, em uma caixinha como a sua. Ela tem as fotos e algumas são com você. Ao menos que haja outro Shindou Takuto.– disse mostrando o verso de uma foto com o nome dele. - Coincidência? Acho que não. Shindou .... você conheceu minha mãe? – perguntou se aproximando dele, que ainda olhava as fotos. – Shindou ... eu ... eu posso ser su...
       -Mestre Shindou. – foram interrompidos pela voz de Ernesto que estava os observando. – Uma visita para o senhor. – disse dando passagem para que a rosa aparecesse.
       Caminhou até onde estavam. Seu olhar correu pela mesa vendo as fotos. Como não tinha percebido? Claro que Skarleth iria procurar alguma coisa para ligar ela ao moreno.  Parou, Skarleth e Shindou a olhava. Ele ainda no sofá e Skarleth em pé a sua frente.
      -Mamãe ... – ela soltou surpresa. –Mãe, eu ... eu descobri. A senhora conhece o Shindou não é?
      -Sim. –ela respondeu fazendo com que ambos se assustassem. – Me desculpe.
       Nenhuma voz a respondeu.
      - Certo. De que vale ficar escondendo tudo isso agora não é? – desviou o olhar, passando-o pelo chão e voltando para a menina boquiaberta a sua frente. – Skarleth sempre foi tão esperta.
      - Senhorita, me acompanhe. – Ernesto se manifestou levando a menina para fora da sala, os deixando a sós.
        Assim teria mais coragem para dizer o que tinha que dizer. Shindou continuava sentado, sem esboçar nenhuma reação e isso a preocupava. Será que não a perdoaria?
       -Shind ...
       - Fugiu de mim de novo, não é? .... sou tão mal assim, pra não me querer ao seu lado?
       - Claro que não. Não foi porque eu quis. Não tinha outra saída.
       - E afinal o que é que aconteceu para ter que mentir pra mim de novo? Qual foi o motivo? – o moreno a questionava em pé agora. A olhava descrente. Como podia ter mentido de novo pra ele? E Skarleth? Era filha do seu casamento? Como poderia aceitar isso?
       - Depois que você voltou para o Japão, meu pai estava diferente. A alguns meses atrás vinha ouvindo umas conversas dele com algumas outras pessoas e comecei a querer saber sobre eles. A verdade era que meu pai a alguns anos atrás passou por umas dificuldades com a empresa, e para sair desse aperto pediu ajuda a uma máfia. Eles ajudaram ele. Uma vez que voltava da faculdade eles armaram uma emboscada e quase destruíram o carro. – o moreno a olhava surpreso, com talvez ele entendesse o motivo de ter partido. – Depois disso resolvi perguntar ao meu pai quem eram aquelas pessoas e sem saída ele teve de me contar. Quando a empresa já estava normalizada, eles começaram a mandar cobranças a ele. Essas tais que aumentavam cada vez mais e mais. Foi quando as buscas por mim deram resultado e a máfia mostrou interesse na minha vida. Então meu pai achou melhor me ter por perto. Deu certo mais... – desviou o olhar, acabando os cruzando com os vermelhos do moreno que ouvia atentamente tudo que ela dizia. – Depois de um tempo já junto com meu pai, a máfia anunciou que me queria como forma de pagamento, mas meu pai não permitiria isso. Foi então que ele teve a ideia de forjar a minha morte. Não poderia contar a você Shindou. Se pudesse, você era a primeira pessoa a ficar sabendo de tudo.
       - E Kailone? – soltou com um voz rouca. A única coisa que não queria ouvir da boca dela era que tinha tido Skarleth com ele.
      - Não poderia vir sozinha pra cá. Então meu pai Fez-me casar com Kailone, seu melhor agente e viemos para Londres. Ele ... cuidou de mim esses anos.
       - E ... e a menina? A Skarleth? É filha de vocês?
       - Sabe ... Kailone nunca gostou de musica. – disse sorrindo fraco.
       - O que quer dizer? – perguntou o moreno. De onde viria a paixão da garota então? Sabia que Kirino nunca fora chegada a musica.
      - Oh Shindou... não vê? – os olhos azuis safira já começavam a marejar. – O gosto dela musica... os olhos ....
      O moreno apenas a olhava. Olhos. Olhos. Musica. Não podia ser. Eu podia? Aquela última noite ... eles .... isso podia ser provável
      - Então quer dizer que ... que Skarleth é minha ... filha? Minha filha? – o moreno se aproximou da rósea, que apenas fez um sim com a cabeça. – Minha filha ...
       -Eu sei, te privei disso também. Me perdoe Shindou. Quando ela nasceu se parecia tanto com você que quase desisti de tudo para ir atrás de você. Mas não pude eu ..
      A rósea não teve chance de terminar. Apenas sentiu quando algo pressionou contra seus lábios, começando a pedir passagem, que logo foi atendida. Não era preciso dizer nada mais. Seus corpos já haviam se perdoado desde a primeira vez que se viram e agora só queriam ficar perto um do outro. Não importava o quanto tempo havia se passado. Tudo ainda continuava igual. A sensação. O amor. Precisavam matar quem os matava a tanto tempo....

                                   A saudade.

         As mãos da rósea passeava pela nuca e cabelos do moreno, o puxando para mais perto. O beijo calmo, agora tornará mais necessário e ferros.
       -Shin ... ah .... hm... a S-Skarleth ... – sussurrou ofegante em meio ao beijo, que foi aos poucos se acalmando.
       -Me desculpe. Havia me esquecido. – o moreno soltou depositando pequenos beijos pelo rosto da rosa.
      -Não. Desculpe a mim Takuto. Sei que errei em esconder Skarleth de você. Me perdoe.
      -Tudo bem meu amor. O importante é que agora podemos ficar juntos de novo. Compensarei o tempo perdido com Skarleth e você aos poucos. – disse sorrindo, o que ela também retribuiu.
     Deram as mãos e saíram. O sorriso que estampavam, não era um simples sorriso e sim a alegria de suas almas em estarem juntas novamente.
      Skarleth esta sentada na cozinha quando ambos entraram.
     -Mamãe... – a pequena disse se levantando e então vendo as mãos dadas. – O que é isso?
     -Bem ... Skarleth a mamãe tem que te contar uma coi...
     -Shindou é meu pai? – soltou curiosa.
    - Bem ... sim. – a rósea sorriu.
      Aos poucos o rosto da pequena foi estampando um grande sorriso. Era o que mais queria. Ter como pai o moreno. Mas ainda restava o outro pai.
     Passaram o resto da tarde conversando, brincando. Começariam ali uma nova vida, havia o empecilho do outro moreno mais tudo seria resolvido quando Kirino, pedisse divorcio. Não poderia voltar a ser chamada de Kirino Ran, pelo fato da máfia, mas Shindou Elizabeth cairia bem na ocasião.
       Seu pai teria que entender, com o fato de não voltar ao seu nome antigo ninguém correria riscos e ficaria tudo bem.



        ´´ Há desesperos do qual você não pode se livrar ... ``



   Continua ....

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não deixe de comentar!
Sua opinião é muito importante e nos serve de incentivo para melhorar!

© STM - 2015. Todos os direitos reservados.
Criado por: J - (créditos também a:, ,,,).
Tecnologia do Blogger.
imagem-logo