23 dezembro 2013

Trancado a 7 Chaves - 2 Temporada

Capítulo 4 







-O que significa isso? –ele gritou olhando para Shindou na porta, que o olhava assustado.– O que é isso Skarleth? – ele disse olhando pra mim e em seguida desviando o olhar para Shindou.
 -Senhor KyutLand, sou o dono das ... –ele nem chegou a terminar e meu pai o interrompeu.
  -Não estou perguntando quem é o senhor. O que está fazendo com a minha filha?
 -Vim para conversar com o senhor e sua esposa sobre o futuro da Skarleth.
  Foi quando escutei um barulho, meu pai se virou para onde veio o mesmo e eu também, deparamos coma a imagem estática e assustada da minha mae, ela havia derrubado o prato que certamente estava em suas mãos. Os olhos dela estavam arregalados e iam de encontro com os chocolates do Shindou que estava boquiaberto na porta. Vi meu pai ir em direção a ele e o empurrar pra fora.
 -Saia da minha casa! –meu pai repetia varias vezes enquanto Shindou ia se afastando. Corri até a porta em tempo de impedir meu pai de acertar um soco no rosto do moreno.
 -PAI! –gritei, corri me colocando na frente do Shindou. –Pai.
 -Saia Skarleth, não se intrometa.
 -Não me intrometer?! É o meu futuro, pelo menos deveria ouvi-lo papai. –ele com certeza não havia nem me escutado, podia ver em seus olhos raiva, mais porque? Porque tanta raiva assim?
 -Senhor KyutLand, poderia me ouvir pelo menosPoderia mudar de ideia.
 -Não irei mudar de ideia, Skarleth sabe disso.
 -E por isso que ela veio nos procurar? Ela gosta do que faz, por que o senhor não tenta entender isso? É o pai dela não é? Pense no melhor pra ela.
 -Quem é você para dizer algo assim? Skarleth é minha filha e sei muito bem o que é melhor pra ela.
 -Pois não parece. Sua filha é talentosa e tem uma grande chance se estudar conosco.
 -Cale a boca e saia logo daqui, antes que eu acabe com esse seus rostinho bonitinho.
 -Escute bem o que diz senhor, é o futuro da sua filha que está em jogo. –a voz de Shindou  estava ficando cada vez mais alta e ríspida.
 - Poupe-me é a MINHA filha!
 -E ela é a minha alu...
 Não ouvi Shindou terminar de falar, pude somente sentir um impacto forte e meu pai me puxou, me tirando da frete do moreno. Ele havia acertado um soco em cheio no rosto do Takuto, que  se desequilibrou, mas não caiu. Comecei a gritar e a puxar meu pai enquanto algumas pessoas começavam a se aglomerar.
 - Para papai.
 -Nunca mais chegue perto da minha filha, da minha casa!
  Shindou estava um pouco tonto e sangrava, mas mesmo assim meu pai ainda acertou outro soco nele.
 ­­-Pai, para pai! Você vai machucar ele.
 -Kailone!
 Shindou caiu e ouvi minha mãe chamar o nome do meu pai. Ela estava na porta e sua voz saiu mais pra um grito desesperado. Ela desceu correndo os degraus que haviam na entrada de casa vindo em nossa direção.
 -Vá para dentro Elizabeth. – ele disse levantando o moreno pela gola da blusa que já estava vermelha pelo sangue.
  Foi minha chance, empurrei meu pai fazendo o Takuto caiu no chão me levando junto, meu pai em seguida puxou meu braço me dando um tapa no rosto.
 - Suba AGORA Skarleth!  -ele disse me empurrando, acabei caindo no chão e raspando minha perna. Shindou se levantou e veio me ajudar.
 -Deixe a Skarleth fora disso, não rele nela! –Shindou disse acertando um soco no meu pai e ai começaram a brigar. Me levantei com dificuldade a tempo de ver minha mãe entrar no meio da briga tentando em vão separa-los.
 -Pare com isso Kailone. Pare. Para por favor!
  Seus olhos já estavam marejados e quando as primeiras lagrimas começaram  a cair meu pai parou e Shindou também. Ele me olhou e saiu andando, o segui sem hesitar. Minha perna doía pelo tombo e meu rosto também, andamos até o carro sem dizer nada e depois de entrarmos nele, também continuamos em silencio.
 -Você se machucou? –ele disse já dirigindo.
 -Um pouco, você está pior. – levei meu olhar para a minha perna, estava sangrando, mas o rosto dele estava pior, sangrando e inchado.
 -Seu pai é louco ou o que? Como pode fazer isso com você?
 -Ele também te bateu.
 -Não me importo comigo, mas relar em você? Isso é o fim.
 -Mas ... você se importa?
 -Mas é claro! Skarleth, isso é ... é ... nossa como ele pode, me bater tudo bem, mas em você não, você não fez nada.
  Ele dizia nitidamente nervoso, interessante como isso fez meu coração bater mais rápido, senti meu rosto queimar, porque ele se importaria com isso? Ele nem me conhece, nem é nada meu. Pensando bem eu gostaria muito se ele fosse algo meu, trocaria meu pai por ele sem pensar. Mesmo não sabendo muito de mim ele parece diferente, não, ele ´´é`` diferente. Só percebi que havíamos chegado no destino quando ele desligou o carro e tocou no meu ombro, me dando um leve empurro.
 -Tudo bem? –ele disse correndo os olhos sobre mim, os depositando na minha perna sangrando. –Oh! Kami, está sangrando. – mas que depressa ele soltou o cinto e abriu a porta, passou pela frente do carro e veio ao meu lado abrindo a porta e me pegando no colo. –Vamos cuidar disso.
 Ele entrou na casa e fomos recebidos por algumas pessoas bem vestidas de preto, com certeza seriam os empregados dele. Vi alguns se assustarem e um deles ir em direção a uma porta, a entre abriu e falou algo que não entendi, no meu momento um senhor de cabelos grisalhos apareceu assustado.
 -Mestre Shindou. –ele veio em nossa direção. –O que é isso? O que houve?
 -Não é nada de mais Ernesto, pegue algumas coisa para limpar esse machucado e cura-lo.
 -Ah... sim senhor. – o senhor se dirigiu rapidamente até a porta de onde saiu.
 Shindou me levou até o outro cômodo. Parecia uma sala, havia três sofás, uma mesinha ao centro com alguns papeis e um vaso de flores. Ele me colocou em um dos sofás, um bem macio, com algumas almofadas e se ajoelhou ao meu lado.
 -Céus isso parece ruim. Vamos logo Ernesto! –ele exclamou incomodado. Logo o senhor apareceu com uma moça, morena, muito bonita.
 -Vá ver a menina eu cuido do mestre. –ele disse a moça que prontamente veio até mim.
 -Eu não. Veja primeiro a Skarleth. – engraçado como ele se preocupa comigo, está com o rosto todo machucado e ainda dá prioridade a um arranhãozinho meu.
 -Você está pior. Olha só para o seu rosto. –disse.
 O senhor veio até mim e pegou minha perna, levou a mão até a caixinha que já estava alojada na mesinha e pegou um vidrinho.
 -Pode doer um pouco. –ele avisou antes de derramar um pouco do liquido transparente, que doeu, me fazendo recuar um pouco. ­–Tudo bem o pior já passou. ­– o senhor limpou com algumas bolinhas de algodão o sangue, passou uma pomada e colocou um bande ide. –Prontinho mocinha.
 -Viu? Nem era tão grave assim. –disse olhando o moreno pasmo. –Agora você.
 O senhor fez com que o Shindou se sentasse no sofá e começou a limpar o sangue. Com o rosto limpo pude ver alguns cortes, no supercilio esquerdo, no canto da boca esquerdo e alguns hematomas roxos e um pouco avermelhados. Ele sentia um pouco de dor, o que deduzi com as caretas que ele tentava conter enquanto o Ernesto colocava os curativos. Depois de ambos curados  Ernesto nós trouxe algo para comer e quis saber o motivo de tudo aquilo.
 -E então mestre Shindou? O que aconteceu?
 -É uma longa historia. –Shindou disse levando a mão a cabeça.
 -Então é melhor começar agora, pretendo dormir já sabendo o que aconteceu. –Ernesto foi bem direto, então Shindou começou a falar.
 -Não foi nada de mais. Eu havia ido a casa da Skarleth par conversar com os pais dela sobre seu talento. Mas o pai dela não gostou muito da minha presença.
 -E o agrediu assim, sem mais ou menos?
 -É o que parece.
 -Deveria o denunciar. Se fez uma coisa dessas com o senhor, imagina o que não faria ou faz com essa jovem?
 -Ele não me bate. –disse. Mesmo ele fazendo o que fez, não seria bom pra mim e pra minha mae ele ser preso e condenado. –Está tudo bem Shindou. Ele só estava nervoso.
 -Skarleth se ele fizer algo a você por favor me conte.
 -Sim eu vou. ­– sorri, ele também.
  Ficamos um pouco em silencio. Até que algo me chamou a atenção. Era um tipo de um brasão, tinha o formato de um relâmpago, já tinha visto isso em algum lugar.
 -O que é isso? –disse apontando para o brasão no canto da mesa.
 -O que? Isso? É o brasão da minha antiga escola. –Shindou respondeu indo até ele e o pegando, depois se sentou novamente. –Porque, já o viu em algum lugar?
 -Na verdade sim, mas não me lembro onde. Do que ele é?
 -É o brasão da Raimon.
 -Raimon?!
 -Sim, é uma famosa escola japonesa de Inazuma. Você já esteve por lá?
 -Hm ... acho que não. Você é de lá? De Inazuma?
 -Sim.
 -Sua namorada também era?
 -Sim. Estudamos juntos por muitos anos. Na verdade erámos grandes amigos.
 -Que legal.
 -Mas só acabei descobrindo que ela era menina com meus 16 anos.
 -Hãm? Como assim?
 Vi ele sorri fraco, mover os lábios algumas vezes, mas sem som, piscando varias vezes.
 -Não sabia que ela era ´´ela``, sempre pensei que fosse um garoto.
 -Garoto?
 -Sim. Ela vinha me escondendo tudo a muitos anos, tendo medo de acabar com a nossa amizade, mas quando descobri acabei reagindo extremamente incompreensivo, e acabamos nos afastando. Ela se mudou para Taiwan, mas no final de tudo estava em Ottawa com seu pai. A procurei por muito tempo, quando descobri que ela havia partido, mas não a encontrava. Depois de muitos anos acabamos nos encontrando em um torneio em Ottawa, mas ficamos juntos muito pouco tempo.
 -Foi ai que ela morreu?
 -Sim. –Era visível o quando foi doloroso pra ele lembrar de tudo isso.
 -Que triste.
 -É mesmo. –ele sorriu. ­–Mas ela sempre gostou de me ver feliz, então, mesmo sem jogar tento de todas as formas continuar, mas é um pouco difícil.
 -Você jogava?
 -Sim.
 -Eu também jogo.
 -Serio? Como é o nome?
 -Somos o time Junior do Colégio Professor Sebastian Fousseal, não temos nome. E o seu? Como se chamava?
 -Éramos o Raimon Eleven. –ele disse rindo.
 -Legal... engraçado.
 -O que foi?
 - Parece que já ouvi sobre esse nome também.
 -Mestre vou me retirar. –Ernesto disse se levantando.
 -Sim tudo bem.
 -Foi um prazer conhece-la Senhorita Skarleth. –ele disse dando uma leve reverencia.
 -Foi um prazer também. –sorri o reverenciando também.
 Ele saiu nós deixando sozinhos na sala.
 -Já está tudo bem não? –Shindou disse me olhando.
 -Parece que sim. Eu não queria voltar pra casa hoje ... posso ficar aqui?
 -E sua mãe, ela deve estar preocupada.
 -Eu ligo pra ela. Por favor, deixa eu ficar aqui hoje. – fiz a carinha melhor que tinha para convence-lo e tive êxodo. Ele fez uma leve careta e sorriu.
 -Tudo bem se você avisa a sua mãe.
 -Aff ... tudo bem eu aviso. –sorri e peguei o celular. Resolvi mandar uma mensagem em vez de falar com ela. –Pronto avisei.
  -Ótimo agora vou ver uma roupa pra você tomar um banho. –ele disse se levantando e o segui. Com certeza seria bem legal passar essa noite aqui. Gostaria de lembrar o porque esses nomes não me parecem estranhos.

  Skarleth Off

 Longe dali um casal se encontrava na sala, a mulher de belo corpo e chamativos cabelos cor de rosa estava sentada no sofá cor preta, com algumas almofadas no colo, lendo algo no celular. O outro por sua vez, um homem alto, com cabelos pretos e alguns hematomas no rosto se encontrava em pé, andando de um lado para o outro.
 -Suba, vou fazer um telefonema. –o homem disse apontando para o inicio da escada.
 -Ela está bem Kailone, pare com isso.
 -Suba Elizabeth. Agora!
  A moça não respondeu e subiu as escadas sem olhar pra trás. Depois de ter certeza de que a moça já havia subido pegou o aparelho telefone e discou alguns números, colocou o aparelho no ouvido esperando que alguém atendesse.
 -Residência Kirino, quem fala? –uma voz feminina tomou o ouvido do homem.
 ­- É Kailone MegRouse, preciso falar com o senhor Kirino.
 - Senhor Kailone só um minuto, transferirei a ligação para o escritório dele.
 -Certo.
 Depois de alguns segundos uma voz pode ser ouvida e dessa vez era masculina.
 - Kailone, o que houve?
 - Ele ... esteve hoje aqui.

   Continua .....

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não deixe de comentar!
Sua opinião é muito importante e nos serve de incentivo para melhorar!

© STM - 2015. Todos os direitos reservados.
Criado por: J - (créditos também a:, ,,,).
Tecnologia do Blogger.
imagem-logo