Capitulo II
´´- Hoje de manhã foi encontrado o corpo do
chefe de uma das mais famosa corporação do mundo. O Chefe foi encontrado pelo
faxineiro no próprio escritório. O corpo do homem foi encontrado ao lado da
mesa de bruços, com indícios de tortura. O mais impressionante foi que ao virar
o corpo o homem estava sem os olhos. Esse seria mais um dos casos do serial
killer ainda não resolvido? Muitos dizem qu. ``
- Desliga essa coisa. Que horror. –
disse jovem ao volante do uno miller. Os cabelos negros foram presos em um
coque na tentativa de amenizar os cabelos no rosto. Junto com os cabelos
balançava também a blusa regata branca que usava, as pernas mesmo que com um
minúsculo short jeans suavam. No rosto o óculos escuro depositado acima da
franja que agitava-se os olhos tão negros quanto os cabelos. – Qual é Nubi, vai ficar ouvindo essas
coisas até a gente chegar? – repreendeu a jovem que estava ao seu lado. Ao
contrario dela a jovem usava uma saia de pano leve florida até os joelhos, em
tons suaves, blusa de manga pequena azul, os cabelos ondulados e ruivos desciam
livres até os ombros. No rosto com algumas sardas o óculos escuro escondia os
olhos verdes que se sentiam agredidos pela forte luz.
- Desculpe. – disse cabisbaixa a ruiva.
- Logo vamos chegar. Coloque alguma musica
até lá. – sugeriu a morena, atenta ao transito. Se continuassem assim
chegariam na universidade logo logo.
Assim
como esperava, logo avistaram o grande campus onde viveriam. Lotado de pessoas
e carros, foi um pouco complicado para estacionarem. Assim que o fizeram
desceram do carro para pensarem como levar todas aquelas coisas até seus
quartos.
- Acho que paramos um pouco longe de mais. –
comentou a ruiva olhando ao fundo os dormitórios.
- Não brinca? – ironizou a morena
desanimada. – Acho melhor a gente pegar
só o necessário e irmos encontrar nosso quarto. Assim que o encontrarmos nos
acomodamos e depois voltamos pra pegar as outras coisas. – disse se
virando, abriu o porta mala retirando de lá algumas coisas para ela e para a
outra. – Olhe na minha carta o numero do
nosso quarto.
- Oky. – respondeu pegando o papel no
porta luvas do carro. O abriu vasculhou rapidamente com os olhos até encontrar
o numero. – 696. – respondeu pegando
algumas coisas também.
- Então vamos.
Caminharam pela multidão até os dormitórios,
todos os corredores e escadas estavam lotados de futuros universitários e seus
familiares se despedindo. Andaram olhando as portas enumeradas até encontrarem
o quarto.
- Graças a Deus. – exclamou a morena
abrindo a porta do quarto junto com outra. –
Quê isso? – gritou assustada ao ver outra morena no quarto.
- Que foi companheira de quarto? –
falou sorridente a outra.
- Companheira? – juntas exclamaram
surpresas. – Você não disse que éramos no
mesmo quarto Nubi? – perguntou a morena.
- S-sim. – respondeu procurando sua
carta de admissão. – Aqui. Quarto 696. –
respondeu a ruiva mostrando a carta as outras duas.
- Nubi ... – começou levemente irritada
a morena. – por Deus, a carta está de
cabeça pra baixo. Seu quarto é o 969. – exclamou nervosa, vendo os olhos da
outra se arregalarem.
- Como? – gritou, voltando a carta pra
si. Estava tão ansiosa enquanto arrumava as coisas para partirem que nem ao
menos prestou atenção neste detalhe. Estava lá 969 em vez de 696, como pode ser
tão distraída. – Não. – murmurou triste. - Ketri, e agora? – questionou.
- Agora nada, né Nubia. – falou a
outra. – Vou colocar minhas coisas aqui
e vamos procurar seu quarto. – soltou colocando as coisas que tinha nos
braços sobre a cama. – Vamos. –
chamou voltando a entrar no mar de pessoas.
Depois
que haviam pegado o jeito não foi tão difícil encontrar o quarto da ruiva. Em
questão de tempo o encontraram aliviadas.
- Até que não foi tão difícil. –
comentou a ruiva parada em frente a porta.
-
Verdade. – respondeu. – Não vai
abrir não?
O
movimento daquele corredor tão era tanto. A maioria das pessoas já estavam
acomodadas em seus quartos. Antes mesmo que poderem abrir a porta, ela mesma se
movimentou. Lentamente foi dando visão a figura que a abria. Alto, pele branca,
vestia calça jeans e blusa regata vermelha que mostrava o porte atlético que
tinha, cabelos negros e olhos azuis. Muito azuis. Hipnotizantes.
- Sim. – começou o moreno
despertando-as.
- Que droga. – murmurou a morena. – Deveria errar de quarto também. –
concluiu vendo o rapaz sorrir timidamente.
- Então é você a minha companheira de
quarto? – disse ele a ruiva.
- Sim.
- Que bom que chegou. Tomei a liberdade de
já arrumar as minhas coisas, espero que não te incomode. – disse terminado
de abrir a porta, dando passagem para que pudessem ver o quarto. Não era tão
grande. Duas camas, duas mesas para fazerem as tarefas, janela ao centro,
guarda roupas, porta ao lado que dava ao banheiro.
- Não. Não me incomodo. – falou ainda
na porta.
- Ah. Deixe-me ajuda-la. – soltou
pegando algumas coisas que ela segurava e as colocando sobre a cama feita.
- Pensei que homens e mulheres teriam
quartos separados. – comentou a ruiva pensativa.
- Pra que está reclamando? – repreendeu
a morena.
- Nos somos o resto. – começou. – Isso sempre acontece. Os quartos são bem
divididos mas as vezes acontece de sobrarem alunos. Então eles fazem isso. –
explicou. – Este ano somos nós.
- Hmm. Parece natural pra você. –
disse a ruiva o vendo sorrir.
- Sim. No ano passado acabei ficando
sozinho.
- Então você está a um ano aqui? –
perguntou a morena.
- Sim.
- Quantos anos tem?
- 24.
- Seu nome?
- Ketrine. –
repreendeu a ruiva.
- Que foi?
- Tudo bem. –
amenizou rindo. – Teria que dizer cedo
ou tarde. Me chamo Demetrion Fousseal. Mas por favor me chamem de De.
Definitivamente odeio meu nome. – concluiu timidamente.
- Por mim tudo bem. De. – exclamou a
morena. – Sou Ketrine Hollt. 24 anos. – disse
cumprimentando-o. – Pode me chamar de
Ketri.
- Me chamo Nubia Wezerfortt. 24 anos também. –
anunciou-se também. – Pode me chamar de
Nubi, se quiser.
- Ótimo, Ketri e Nubi. –
disse sorrindo. – Sejam bem vindas a
universidade.
- Obrigada. –
responderam juntas. – Acho melhor eu ir
andando. Ainda tenho que pegar minhas coisas. – continuou Ketrine sorrindo.
– Não se esqueça de pegar as suas
também, Nubi. – lembrou se despedindo.
- Oky. – respondeu e logo não podia ver
a amiga mais. Seu coração apertou. Ficar sozinha com um completo estranho era
...... estranho. A porta continuava aberta e eles parados. Talvez tentando
assimilar. Querendo ou não estariam juntos durante um bom tempo, anos na
verdade. Os olhos verdes espiaram o rapaz ao seu lado. Ele era bem bonito
mesmo, os olhos eram levemente puxados, talvez fosse asiatico, mas musculoso do que havia percebido quando se viram antes. Parecia
calmo, com certeza seria um bom companheiro de quarto. Ela quem havia saído no
lucro, afinal ele já estudava a um ano na universidade, já deveria a conhecer
de olhos fechados, isso seria bom, assim ele poderia ajuda-la nos primeiros
dias. Mas por outro lado, isso seria ruim. Assim como ele poderia a ajudar,
poderia também a querer fazer mal, se aproveitando da amplitude da
universidade, ou até mesmo poderia a abusar ali mesmo, no quarto.
Um
arrepio percorreu pela sua espinha, não seria bom ficar pensando nessas coisas.
- Não se preocupe. Não farei nada com você.
A menos de queira. – falou sem
olha-la. – Vou pegar algo para comermos.
Não vai querer ir ao refeitório com essa bagunça. – disse procurando algo
no chão. Logo encontrou, eram seus chinelos. Os vestiu e pegou um cartão que
estava sobre a mesa. – Quer algo em
especial? – perguntou já na porta.
- Não, obrigada. – respondeu ainda
tentando controlar seus pensamentos.
- Tudo bem. Volto logo. – soltou saindo
do quarto.
Agora
estava sozinha. Recuperou-se e então pode olhar melhor para o quarto. Estava
bem arrumado. Ao lado direito estavam as coisas dele. Alguns livros, cadernos e
canetas sobre a mesa escrivaninha. Virou-se, suas coisas estavam sobre a cama.
Suspirou. Sua vida iria mudar agora.
Continua
....
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