23 dezembro 2013

Trancado a 7 Chaves - 2 Temporada

Capítulo 7







  -Oh! Que coincidência! – Skarleth disse para alguém ao meu lado, me virei para em um susto constatar que quem estava ao meu lado era o .... Takuto, meu coração disparou no mesmo segundo, tive de me lembrar de respirar quando mergulhei nos seus olhos. Ah ... como eu amo esse olhos. Voltei ao normal a tempo de evitar algum comentário constrangedor da Skarleth que nós encarava atenta.
  -Se-senhor Shindou. – disse desviando o olhar.
  - Shin, que surpresa. – ela riu. Claro que ele não estava ali por coincidência, era obvio que ela quem o havia convidado para vir ver o filme e enquanto pegava os ingressos ela pode falar com ele.
  - Skarleth, senhora ... ? – ele disse me olhando.
  - Elizabeth. – respondi hipnotizada no seu sorriso depois da minha resposta.
  -Senhora Elizabeth. É uma surpresa muito agradável as encontrar aqui. – ele disse olhando para Skarleth que percebi de canto de olho que ria.
  - O prazer é nosso Shin. – disse sorrindo, logo percebeu que o filme começava e se virou pegando o pacote de pipoca, a colocando no colo.
- Quietos o filme está começando. – disse nos repreendendo. Olhei para o Shindou, ele me olhava também o que me fez desviar o olhar rapidamente, levemente vermelha, sorte que estava escuro ali.
  O filme já havia começado e por alguma razão não era no filme em quem prestava atenção. Ele parecia um pouco desconfortável, me olhava, desviava, fingia estar prestando atenção no filme, o que me fez rir.
  - Aconteceu algo senhora?  - ele disse me olhando.
  -Não. Me desculpe. – disse tentando segurar uma gargalhada, estava escuro mais podia ver seu expressão pela luz do telão. Tão engraçada. Queria poder o abraçar e rir juntos.
   No pouco que pude prestar a atenção o filme contava a historia de Mulan, uma moça que assumiu o lugar do pai na guerra, se fingindo de homem. Que ironia, minha cara Mulan estamos juntas nesse barco. Skarleth prestava atenção em cada cena, estava vidrada, já fazia muito tempo que não íamos a uma sessão, estava com sede então levei minha mãe direita ao braço da poltrona levando um susto. Shindou havia colocado o braço ali.
   -Oh, me desculpe. – ele disse envergonhado, eu também estava. Era melhor se isso não tivesse acontecido.
   - A tudo bem. – respondi o mais baixo possível.
   - Por favor pegue. –ele disse estendendo a mão para o copo de coca cola.
   -Obrigado. –respondi o pegando e me virando para o filme.
   Despois disso, o resto do filme foi varias vezes interrompido por toque de leve, olhares, sorrisos, o que me doía mais e mais. Quando o filme acabou saímos juntos do cinema.
   -Na, o filme foi super legal. – Skarleth disse pulando alegre ao meu lado. – Gostei quando ela cantava, muito legal. E quando o general descobriu que ela estava se fingindo? Nossa pensei que ele ia matar ela, tadinha.
   -É verdade. – disse a olhando, paramos e Shindou só nos olhava. – Vamos indo não é Skarlet?
   - Onde está o carro de vocês? – ele enfim se pronunciou, não suportaria ir embora sem ouvir sua voz mais um vez.
   -Nós viemos a pé Shin. – Skarleth respondeu rapidamente. – Acompanha a gente até em casa? – ela disse indo ao seu lado, o olhando sorridente.
   - Skarleth, o senhor Shindou é ocupado, não é? – disse o olhando.
   - Sim. Mas só alguns passos não me atrapalharam. Se vocês quiserem minha companhia. – ele respondeu fazendo-me corar. Claro que queria que ele fosse conosco, mas e se Kailone estivesse em casa? E se ele quisesse o machucar de novo?
   - É muito perigoso, se Kailone estiver em casa?
   - Ele para um pouco antes de casa, não é Shin?
   - Tudo bem senhora Elizabeth. E também não voltaria sossegado para casa, se deixasse duas belas moças como vocês voltarem sozinhas para casa nessas ruas perigosas de Londres.
    Skarleth sorriu, sem dizer mais nada começamos a caminhar, Skarleth ia um pouco a frente cantarolando alguma musica, enquanto Shindou seguia ao meu lado. Seu cheiro me embriagava.
   -Sua filha é muito talentosa e bonita. – ele disse cortando o silêncio.
   -Obrigado.
   -Não deixe que os sonhos dela se apaguem. –ele não me olhou, mas não era preciso, aquilo me doeu, queria poder contar para ele que ela era sua filha e que eu ... eu sou EU.
   - É melhor parar aqui. – falei sem o olhar, estávamos perto de casa.
   - Papai ainda não chegou em casa, Shin pode nos acompanhar até lá. – Ela disse olhando em direção de casa, procurava algum vestígio do pai em casa. –Você nos acompanha ne Shin? – Sua voz manhosa, junto de sua carinha meiga fez Shindou rir e acenar que sim com a cabeça.
  Andamos só mais alguns passos e estávamos na frente de casa. Parei e puxei Skarleth para ficar entre meus braços e o corpo, não permitindo assim que houvesse a possibilidade de abraçar o meu Takuto.
   -Bom ... missão cumprida. Estão em casa. – ele disse sorrindo.
   -Obrigado senhor Shindou, não era preciso tudo isso. – disse o agradecendo sem graça.
   - Precisava sim. – Skarleth disse me olhando emburrada. –Ah! – ela parecia ter lembrado algo importante. – No final de semana vai ser meu aniversário. – declarou ansiosa. Já havíamos decidido que não faríamos uma grande festa esse ano, seria algo mais simples, só para familiares e amiguinhos dela. – Você vem?
   -Eu? –ele perguntou, apontando pra si mesmo.
   -Oras, você mesmo. –ela respondeu sorrindo. – Pode vir?
   -Sim claro. Seria uma honra. – seu sorriso foi tão singelo, tão verdadeiro.
   - Eeeebaaaaa!!! Vou esperar você então. – Skarleth agora estava ao seu lado, sorrindo e pulando de  felicidade.
   -Então ... vamos entrando filha. – disse a fazendo seguir para a porta de casa pulando ainda e de lá acenou para o moreno que estava ao meu lado. – Então é isso. –sorri – Até o final de semana não é?
    - Sim. – percebi que ele estava um pouco sem graça, foi ai que meu coração gelou, não pelo fato do sorriso dele mais pelo fato do Kailone estar estacionando o carro naquele instante. Acho que fiquei muito assustada, porque percebi que Shindou me olhou curioso e depois se virou para mirar o lugar que eu olhava. Kailone estava saindo, trancou o carro e chegava na calçada nos olhando.
    - Bem vindo de ... – tentei dizer algo mas não tive chance.
    - Não preciso disso. – ele disse me cortando e passando por nós sem fazer nada. Skarleth havia desfeito o sorriso e estava parada perto da porta.
    - Kailone eu ....
    - Não Elizabeth. Não se explique. – nesse momento ele havia parado, não nos olhava.
    -Senhor MegLend, elas haviam ido ao ...
    -Não me lembro de pedir suas explicações senhor Shindou. Está com minha esposa e filha e não há mais nada o que explicar. – Kailone anunciou frio, fazendo Shindou se espantar. – Só não demore para entrar, ou então os vizinhos comentaram. – ele disse e continuou seu caminho entrando em casa, nos deixando parados ali na calçada.
    - Obrigada por nos acompanhar. – disse me despertando.
    - Não foi nada. – ele respondeu em um voz fraca. – Não queria causar esse problema senhora Elizabeth.
    - Tudo bem, não há nada de problema. – sorri – Então até Sabado, depois peço a Skarleth para lhe mandar o convite. Boa noite.
      Disse seguindo para onde Skarlth já me esperava, ele continuou ali até que entramos, olhei pela janela a tempo de o ver seguir pela calçada de volta. Kailone havia subido, podia ouvir baixo o chuveiro ligado.
    -Que coincidência não é mamãe, acabarmos encontrando o Shin por lá não é mesmo? –ela estava sentada no sofá olhando pra mim.
    - Uma super coincidência não é mesmo? E você não teve nada haver com isso não é mesmo Skarleth? – disse me aproximando de onde ela estava.
   -Claro que não mamãe. Como poderia fazer uma coisa mãezinha?
   - Você é tão inteligente, quem sabe.
   - Papai danou com a senhora? – ela perguntou com uma voz preocupada.
   - Não meu amor. – respondi me sentando ao seu lado.
   - Mas o Shindou vai poder vir no meu aniversário?
   - Claro meu amor.
   - Que bom. – ela respondeu sorrindo. – Vou indo dormir mamãe. Boa noite.
   - Boa noite filha. – respondi a vendo subir as escadas e logo em seguida fechar a porta do quarto.
   Não muito depois subi também para o meu quarto, Kailone já havia desligado o chuveiro, logo sairia do banheiro. Queria tomar um banho antes de dormir. Antes mesmo de perceber a porta do banheiro foi aberta e ele saiu com a toalha amarrada na cintura. Seu tórax era bem definido, mesmo sem muito treino, algumas gotas escorriam de seu cabelo e iam descendo até o cós da toalha branca. Ele caminhou me olhando de lado até o guarda roupas, pegou o que tinha de pegar e voltou para dentro do banheiro, voltou depois de alguns minutos já vestido com sua roupa de dormir, caminhou calmamente até seu lado na cama, arrumou e então parou.
   - O que tanto olha?
   -Há ... na-nada. – senti meu rosto queimar. Porque mesmo?
   -Não vai dormir? Ah sim, vai dormir mais não na mesma cama que eu não é? – ele perguntou irônico.
   - Claro que não! Até hoje dormi não foi? Por que não dormiria agora? – tentei responder sem demonstrar minha decepção. Por que mesmo estava assim?
   -Então venha.
   -Não agora. Vou tomar um banho antes. – disse caminhando até o banheiro. Meu coração estava acelerado. Por que isso? Sacudi a cabeça algumas vezes a fim de me livrar desses pensamentos e comecei a tirar minha roupa. Depois de livre delas, entrei no interior do box ainda molhado e liguei o chuveiro. A água quente correu pelo meu corpo me causando uma boa sensação, fechei os olhos a fim de senti-la melhor, até que ouvi a porta se abrir e alguém entrar, abrindo o box.
   - Porque eu quero? – sua voz saiu rouca o bastante par me fazer levar um susto abrindo os olhos.


   Continua ....

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